A Editorial Fundza e a Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo) vão realizar, hoje, das 14h às 17h30, na Biblioteca Central (Museu) daquela instituição, o Simpósio 60 anos de Nós matamos o cão-tinhoso. A iniciativa académica pretende celebrar uma das mais icónicas obras literárias do país, e, simultaneamente, discutir a sua importância para a actualidade sociocultural dos moçambicanos.
O Simpósio 60 anos de Nós matamos o cão-tinhoso vai contar com intervenções de Luís Bernardo Honwana, do Reitor e do Director da Faculdade de Ciências da Linguagem, Comunicação e Artes da UP-Maputo, Jorge Ferrão e Paulino Fumo, respectivamente. O programa de actividades inclui a participação de ensaístas que irão apresentar ao público o resultado das suas mais recentes pesquisas sobre a obra de Honwana. São os casos de Aurélio Cuna e Cremildo Bahule.
Durante o Simpósio 60 anos de Nós matamos o cão-tinhoso, será lançado O inventário da memória, organizado pelo ensaísta e jornalista José dos Remédios. Trata-se de um livro que reúne ensaios de 18 autores distribuídos pelos seguintes países: Moçambique, Angola, Portugal, Brasil, Estados Unidos e Canadá. Na colectânea, cada ensaísta pôde analisar pelo menos um dos sete contos de Nós matamos o cão-tinhoso como forma de, nas celebrações dos 60 anos da primeira edição do livro, reflectir sobre a realidade moçambicana, africana e mundial através da análise literária.
O inventário da memória é um livro constituído por 18 ensaios, que perfazem 253 páginas. Além dos autores acima referenciados, a edição da Fundza é composta por artigos de Ana Mafalda Leite, Sara Jona Laisse, Marta Banasiak, Vanessa Riambau Pinheiro, Sávio Freitas, Fábio Salem Daie, Gustavo Rückert, Maiane Pires Tigre, Nídia Chamussora, Luzia Moniz, Elísio Miambo, Agostinho Gonçalves, Cíntia Acosta e Lidiana de Moraes.